Psique
Talvez
uma – duas ou três – lágrimas
Rolem
tristes pela face,
Talvez
se murmure alguns grunhidos
Ou
brade alto pelos bares
Talvez
se apresse
Ou
sente-se calmamente, a observar pela última vez aquela cena.
Talvez
lute,
Se
enfureça,
Ou
passe por cima – com copiosa abnegação.
Só
talvez quem sabe...
Se
por um milésimo de segundo tivesse se atrasado,
Mudado
de rumo
Ou
voltado para casa em busca do casaco pendurado atrás da porta.
E
se talvez,
Um
beijo lhe preenchesse a face como da primeira vez.
O
relógio – máquina engenhosa
Que
só demonstra ao homem o que nem sempre seus olhos querer ver:
Não
se volta,
Não
se reprisa o ato – pelo bem ou pelo mal
Fato
e fato.
Autora: Luana Rinaldi*
Bacharel em Direito, em processo de inscrição nos quadros da OAB,
natural de Alto Garças-MT, autora do livro Relicário e apaixonada por
poesia, música e gatos (rsrs...)