terça-feira, 1 de agosto de 2017

Maldita solidão



Maldita solidão

Luana Rinaldi*

Uma noite de sábado qualquer,
Meia hora de assuntos aleatórios com meu mais conhecido estranho.
Uma taça de um daqueles vinhos baratos,
Enquanto finjo não mais me importar.

Mas adivinhe:
Eu ainda me importo!

(* Luana Rinaldi, poetisa, natural de Alto Garças-MT, advogada e autora do Livro Relicário.)

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Psique





Psique



Talvez uma – duas ou três – lágrimas
Rolem tristes pela face,
Talvez se murmure alguns grunhidos
Ou brade alto pelos bares

Talvez se apresse
Ou sente-se calmamente, a observar pela última vez aquela cena.
Talvez lute,
Se enfureça,
Ou passe por cima – com copiosa abnegação.

Só talvez quem sabe...
Se por um milésimo de segundo tivesse se atrasado,
Mudado de rumo
Ou voltado para casa em busca do casaco pendurado atrás da porta.

E se talvez,
Um beijo lhe preenchesse a face como da primeira vez.

O relógio – máquina engenhosa
Que só demonstra ao homem o que nem sempre seus olhos querer ver:
Não se volta,
Não se reprisa o ato – pelo bem ou pelo mal
Fato e fato.




Autora: Luana Rinaldi*
Bacharel em Direito, em processo de inscrição nos quadros da OAB, natural de Alto Garças-MT, autora do livro Relicário e apaixonada por poesia, música e gatos (rsrs...)
 

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Capitu





Capitu



Inquieta, sua torre de aço subiu.
Inclinou-se
E de braços abertos partiu
Aos ventos que se rendeu
Desceu,
Caiu enquanto sorria.

Não era mais fria
Fez-se humana
Pobre boneca viva,
Ousou quebrar sua porcelana
Humana, agora sangra.

E de braços aberto ao solo que acolheu
Fez-se eterna ao se descobrir mortal.
Não mais medo, fraqueza ou decepção. 
Não mais nada, não mais um não.




Autora: Luana Rinaldi